Convergência de Mídias Digitais

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

     Durante este semestre fiz postagens sobre os mais diversos tipos de mídias digitais, explanando análises de seus recursos, vantagens e desvantagens, e, principalmente, a importância e influência das mesmas no que diz respeito aos serviços do profissional da informação, e ao futuro da instituição BIBLIOTECA.





     Penso que nós não veremos o fim do livro, mas constantes mudanças de suportes. Vimos uma transformação recente do livro, que passou do formato, exclusivamente, físico para o digital: é o caso dos e-books. Quanto ao bibliotecário, acredito que nunca será desnecessário, como muitos pensam. Pelo contrário, essa profissão será cada vez mais necessária, exigindo do profissional constante atualização e capacitação em relação as novas tecnologias, pois seus serviços e conhecimentos serão úteis na recuperação e busca da informação através das novas mídias digitais.



     Passamos por um período de evolução da tecnologia e de convergência cultural, que Jenkins, define como:

A convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos. (JENKINS, 2008, p. 26).
      Esses acontecimentos instigam o bibliotecário, como consumidor dessas mídias, mas principalmente, como um agente importante dessa transformação cultural. Pois, apesar das mídias digitais serem muito utilizadas para fins recreativos, elas podem e devem ser utilizadas pelo bibliotecário, por exemplo, para promover os serviços das bibliotecas e centros de informação, bem como auxiliar na criação de novos sistemas de informatização e recuperação da informação.

     Um bom exemplo de convergência de elementos informacionais, distribuídos em diferentes mídias e que facilita a busca e recuperação da informação é o novo SABI (catálogo on-line das bibliotecas da Ufrgs), que foi desenvolvido através da união de esforços de bibliotecários e profissionais da informática. Esta nova versão do sistema incorporou um mecanismo de busca para o google books, no qual o usuário pode pesquisar o livro no sistema e obter o link para a visualização completa ou parcial do livro. É importante destacar que a antiga versão do SABI , já trazia links para documentos depositados no LUME (repositório de documentos digitais da Ufrgs). Nela era fornecida a localização dos documentos impressos, e em alguns casos era oferecida a opção do download.

     Para concluir esta postagem, que é a última da disciplina, gostaria de deixar minhas últimas considerações sobre as mídias digitais que estudei neste semestre. Na minha opinião, este período de transformação cultural é uma grande oportunidade para que os profissionais da informação possam por em prática seus conhecimentos sobre busca, organização e recuperação da informação. Acredito que esse é o papel a ser desempenhado, não pelo bibliotecário do futuro, mas sim, pelo bibliotecário do presente. Há muito trabalho a ser feito, os conteúdos midiáticos que estão dispersos na internet só poderão ser organizados, e ter sua busca e recuperação da informação sistematizados, se houver a influência dos bibliotecários, que detém o conhecimento de recuperação da informação. Esta árdua tarefa poderá ser realizada de forma mais satisfatória se forem feitas ações cooperativas entre diversas áreas do conhecimento, como biblioteconomia, ciência da informação, arquivologia, museologia e ciências da computação. Pois, todas essas áreas tem um objeto de estudo em comum: a informação. Seja, arquivando, disseminando, recuperando ou tornando todas essas ações possíveis, é fundamental que haja esta parceria.

Referências:

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2008.

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